sexta-feira, junho 01, 2012

O Valor do Professor

O seguinte texto foi escrito pelo Prof. Jeferson Dombroski.

Caro ilustríssimo sr. Ministro,

Ouvi sobre a sua ignorância dos motivos de nossa greve nacional, e me senti compelido a esclarecê-lo (vício da profissão de professor, eu suponho). Peço desculpas se o meu português é ruim ou se a sequência das ideias é falha, mas esse é o meu valor. Se eu fosse mais capaz, estaria em uma profissão que me valorizasse mais. Seria ascensorista no Senado, por exemplo (ah, que sonho!). Como diria um vendedor de carros que eu conheço, ”quem mandou estudar, agora aguente”.

Falo de boca cheia, o sr. diria. Argumentaria que recebo muito mais do que a grande maioria da população brasileira, e eu lhe responderia que são poucos os cargos federais que pagam menos do que o magistério, que existem cargos de nível médio no executivo federal que pagam melhor do que os professores doutores recebem. E que o professor é importante para o crescimento da nação (aprendi isso no debate da Dilma candidata - pareceu que ela realmente dá muito valor ao magistério. Votei nela).

Mas magistério é um sacerdócio, não é mesmo? É uma profissão feita de abnegação. O que mais explicaria um médico desistir de clinicar para receber o salário de professor federal? Bom, talvez se ele fosse um médico excepcionalmente ruim, daí o salário de professor federal compensasse. Então ele poderia ser um bom professor.

O grande motivo da nossa greve, sr. Ministro, é a busca por valorização profissional. Tenho vários colegas professores cujo sonho de vida, hoje, é passarem em concurso para o MCT, ou para o Judiciário, e eu, quem sou eu? Para mim, economicamente falando, me bastaria o emprego de ascensorista no Senado.

O sr. tem filhos, sr. Ministro? Netos, talvez? Almeja uma educação com qualidade para eles? O sr. sonha com uma sociedade educada? Culta? Sonha com o Brasil se destacando no mundo como o Japão fez depois da Segunda Guerra? Como a Coréia hoje?

O sr. sabe quais são as minhas condições de trabalho, sr. Ministro? Sabe que eu sequer tenho uma mesa para colocar a minha pasta quando eu entro para dar aulas? Sabe que eu, há dois anos, comprei um projetor para dar aulas? Que nós rasgamos as calças ao sentar nas carteiras, por causa dos pregos? Que o computador pessoal que eu uso para dar aulas também saiu do salário que deveria ir para a minha família? Sabe que na minha universidade não existe nenhuma calçada para as pessoas andarem?

O sr. imagina qual é a situação dos laboratórios dos cursos em que eu ministro aulas, que são cursos tradicionais, reconhecidos nacionalmente, e que não foram contemplados pelo Reuni? É, são ruins. Não são péssimos, sabe o por quê? Porque os professores, por mérito pessoal e muito trabalho, trazem recursos de pesquisa para dentro dos laboratórios (caramba, isso é desvio de recursos! Dá cadeia?).

O sr. sabe, é claro, que o perfil desejável do Professor Universitário Federal é que ele seja doutor, com dedicação exclusiva (é impedido de fazer bicos para completar o salário), pesquisador, orientador e extensionista, e que além das aulas de graduação, forme Mestres e Doutores. Qual é o perfil do profissional que o sr. precisa para executar essa missão? Eu lhe digo. Esse profissional, economicamente falando, é alguém que não teve a competência para achar nada melhor para fazer com a sua vida. É alguém que não foi capaz de passar em um concurso para ascensorista do Senado. É alguém que não conseguiu ser agente de saúde quando terminou o segundo grau, por exemplo.

Sim, eu “tenho” carro e eu “tenho” casa. Eu me alimento bem. Meu carro é velho (tem seis anos) e ainda vou demorar dois anos para acabar de pagar. Minha casa é velha também e eu ainda vou levar treze anos para pagar. Essas dívidas consomem quase 50% da minha renda familiar. Tenho que pensar antes de decidir sair para almoçar em um restaurante. E o pequeno detalhe é que tanto eu como a minha esposa somos professores universitários federais e doutores com dedicação exclusiva. Topo da carreira.

Bom, mas eu tenho uma perspectiva, não é? De progredir na carreira e melhorar meu salário? Perspectiva? não, não tenho. Não vejo nenhum futuro promissor. Essa carreira que o governo me oferece não irá melhorar a minha vida, a não ser um pouco, no momento mágico da progressão em que eu me tornar professor associado, ou com a utopia de passar pra professor titular (a minha universidade não tem nenhum. Teve uma vez, nos meus 22 anos de funcionalismo federal em universidades, que eu conheci pessoalmente um Titular. Deve ser mais fácil achar um jacaré no Tietê).

Eu espero, apesar das minhas deficiências, que o sr. tenha entendido um pouco do porque eu e 45 universidades federais brasileiras estamos em greve. Desculpe-me se eu não posso elaborar mais, mas tenho um relatório de pesquisa para terminar e alunos de doutorado para atender, apesar da greve. Se eu achar tempo, também preciso ver se abriu vaga para ascensorista.

Um grande abraço, sr. Ministro, e obrigado por tudo.

Jeferson Dombroski

(Fonte: greveadufersa.blogspot.com.br)

sábado, junho 26, 2010

Enchentes em Alagoas

Uma semana depois das enchentes as informações ainda são meio truncadas, mesmo para a gente que tem familiar no estado. São 15 cidades em estado de calamidade: Quebrangulo, Santana do Mundaú, Joaquim Gomes, São José da Laje, União dos Palmares, Branquinha, Paulo Jacinto, Murici, Rio Largo, Viçosa, Atalaia, Cajueiro, Capela, Jacuípe e Satuba. Muitas destas cidades foram praticamente varridas do mapa. Para se ter idéia, Quebrangulo teve todos os prédios públicos e prédios comerciais derrubados. A prefeita já fala em reconstruir isso em uma outra parte, mais alta. Tomara que realmente isso aconteça.

Vejo fotos e vídeos da destruição. Muitas vezes o pensamento que me vem é de uma guerra, tamanha foi a destruição. Minha família em sua maior parte mora em Maceió (capital do estado), que foi pouco afetada pelas chuvas. Porém uma grande parte da família de minha esposa mora em Rio Largo, uma das cidades muito atingidas. Além do que temos amigos e conhecidos em outras cidades. Dentre os nossos familiares e amigos, ainda bem, houve apenas perdas materiais. Por um verdadeiro milagre a enchente ocorreu no período da manhã. Certamente, se tivesse ocorrido pela noite o número de mortos teria sido extremamente maior.

Além de Rio Largo, temos familiares, amigos e conhecidos em Santana do Mundaú, União dos Palmares e Murici. Em Santana do Mundaú, por sinal, morei por uns 2 ou 3 anos quando criança. Não lembro desta fase de minha vida. Porém retornei por diversas vezes lá e tenho muitas boas lembranças da cidade e das pessoas e algumas poucas tristes, como a morte do padrinho do meu irmão. A gente estava por lá, era aniversário do meu irmão, quando ele morreu numa queda de cavalo. A família dele, por sinal, foi bastante atingida. A madrinha do meu irmão perdeu sua casa no centro da cidade com tudo o que tinha lá. Sorte dela, que está bem/saudável, e que o ganha pão dela está a salvo. Ela tem uma plantação de laranja e lá no terreno tem uma casa, onde pode se abrigar. Seu filho perdeu uma avícola e uma casa que alugava. A seguir fotos lá de Mundaú. As duas últimas fotos do álbum são os entulhos do que era a casa dela.

Fotos de Santana do Mundaú

Mesmo depois de uma semana, falta água, energia e telefone. Para muitos falta comida, água e um teto. A situação é de muito desespero para muitos alagoanos e pernambucanos. Se puder e quiser ajudar o estado, seguem informações para doações.

Informações para doações

quarta-feira, junho 23, 2010

Catástrofe



Brincadeiras a parte, a situação em Alagoas está bastante complicada. Nunca tinha visto tamanha destruíção por lá.

Se puder e quiser ajudar, há informações de como ajudar aqui.

segunda-feira, junho 21, 2010

Globo é uma piada

TV Globo critica tratamento de Dunga à imprensa em editorial no "Fantástico"

A Globo é uma piada mesmo. É de uma qualidade ímpar este jornalismo, que se faz de sério, mas não dá direito de resposta ao criticado (Dunga). Quero deixar claro que não concordei quando chamaram o Dunga para treinar a seleção, uma vez que nunca tinha atuado em tal posição. Imagino que as posições na seleção devem ser preenchidas pelos melhores. Uma vez que Dunga nunca havia treinado time algum, como poderia ser o melhor ou ao menos um bom treinador.

Porém, uma vez que ele é o técnico da seleção e já foi para a copa, resta-nos torcer por nossa seleção. A Globo tentou por diversas vezes forçar a saída do Dunga. Nas narrações de jogos, nas entrevistas, nas reportagens, nos programas da emissora (como Domingão do Faustão), muitas e diversas foram as investidas. O empenho no entando não obteve sucesso. E a Globo continua sua investida na copa. Não sei se vocês prestaram atenção, mas na entrevista de Dunga logo após a estréia já vieram sacaneando. Nossa seleção não tinha mostrado grande futebol, mas tinha passado pela estréia com vitória. Estréia é sempre tensa. O clima na entrevista estava legal. Os jornalistas falavam exatamente isso. "Parabéns, Dunga, pela vitória. Há alguns pontos a melhorar, mas a vitória é o mais importante neste momento." O Dunga concordava com eles.

Daí veio um reporter da Globo e vai falando "Não sei que jogo foi esse que vocês viram, mas a seleção jogou muito mal.". Ontem foi esta palhaçada do reporter ficar balançando a cabeça enquanto Dunga falava com outro reporter. Coloquem-se no lugar de Dunga, vocês teriam mais paciência que ele? Eu não teria. A grande verdade é que a Globo não engoliu a perda de acesso que tinha a seleção em outros momentos. Tinha diversos privilégios que Dunga cortou. Igualando a Globo às outras emissoras. Adorei isso.

Globo, assim como revista Veja, valem-se do poder que têm pela grande audiência para nos fazer de bestas, a toda hora tentando manipular a opinião pública. E não fazem isso só no que se refere a nossa seleção de futebol. Isso acontece direto na política. Um candidato cair nas graças da emissora é um bom começo para a vitória nas urnas.

sábado, junho 12, 2010

Viagem EUA

Mês passado fui apresentar um trabalho em um congresso nos EUA. Foi minha primeira viagem internacional. Muito bacana. Correria danada para providenciar passaporte e visto, mas deu tudo certo.

Cheguei no local do congresso domingo (23/5). O congresso foi realizado no campus de Storrs da Universidade do Connecticut. Basicamente uma vila composta apenas pela universidade e um ou outro rancho, sendo um longe do outro. Para se ter uma idéia tinha um cemitério dentro da universidade. Eu fiquei na moradia universitária, que ficava dentro da universidade. De lá a gente ia a pé para o congresso. No prédio da moradia, eu compartilhei o quarto com um indiano que faz doutorado em biologia numa universidade americana. No mesmo "apartamento" que fiquei ainda havia outro quarto. Lá ficaram um professor da USP São Paulo e um aluno de doutorado orientado por ele. Não nos conhecíamos. Nós quatro compartilhávamos uma sala e o banheiro. Todos nós estávamos participando do evento. A moradia e a universidade era muito arrumada, como vocês poderão ver pelas fotos.

Lá não tinha muito o que fazer além de ir para o congresso. Fui lá na segunda e na terça. Minha apresentação foi na terça no final da tarde. Apresentei um pôster. Apareceram 8 ou 10 pessoas interessadas em saber mais sobre o meu trabalho. Estava meio preocupado se conseguiria ou não entender e ser entendido. No final das contas, tive um pouco de dificuldade na comunicação, é verdade. Porém consegui conversar sem grandes problemas. Destas pessoas só não tive comunicação efetivamente com 1. Foi um oriental (um chinês eu acho). Imagino que era um estudante de doutorado como eu. Eu entendi apenas 10 ou 20% do que ele falava. Ela falava muito rápido e com um sotaque muito complicado para mim. A mensagem dele, porém, ficou bastante clara para mim. Ele dizia que a abordagem que utilizei para resolver o problema era um lixo e que a solução dele é que prestava. Tentei explicar para ele que aquilo era um trabalho inicial na área, e que eu estava interessado naquele momento apenas em conhecer mais sobre os métodos e procedimentos para a construção de alinhadores (progressivos). Entender melhor sobre o problema. Para então evoluir e trabalhar com soluções mais sofisticadas. Não teve jeito. Paciência.

Na segunda-feira (24/5) fomos para um restaurante de frente para o mar numa cidade próxima, chamada Noank. O lugar era muito bonito e a comida também estava muito boa. Comemos lagosta neste dia.

As fotos de Storrs e Noank estão disponíveis aqui.

Na quarta-feira segui para Newark, que fica em New Jersey. Peguei o trem no aeroporto mesmo e segui para Manhattan, New York. Chegando lá, o albergue que tinha reservado era bem próximo. Fui a pé. Na recepção, o funcionário que me atendeu era argentino. Falei com ele em português mesmo. Joguei as coisas no quarto, tomei um banho e já saí. Era final da tarde. Fui andando em direção da Union Square. Lá tinha 2 lojas que vendiam eletrônicos. Estava interessado em comprar um notebook. Na primeiro dei uma olhada nos notes e brinquei com 2 celulares Android. Brinquei com um Droid (no Brasil chama Milestone, da Motorola). Já admirava este celular, mas nunca tinha tocado em um. Hoje gosto ainda mais. Brinquei também com um outro da HTC. Eu li Incredible, mas pelo que tinha de informação ainda não estava lançado. Estranho. Este Incredible tem um processador de 1 GHz. Daí segui para a segunda loja (Best Buy). Esta era mais legal. Andei pela loja toda. Brinquei com um iPad. Muito legal. Não sei se compraria, se tivesse dinheiro sobrando. Mas legal ele é.

Saí de lá ainda estava claro. Só escurecia lá pelas 21h. Quando estava no rumo de volta para o albergue vi o Empire State Building bem perto. Lá tem o observatório no 86º andar. Decidi ir lá. Muito legal. Gente pra caramba. Conversei com um casal do México. Nunca o espanhol soou tão familiar para mim. Depois ainda falei com um alemão. A visão de lá de cima era fantástica.

No dia seguinte (quinta), tomei café no albergue e saí. Peguei o metrô, desci na Broadway. Andei um pouco, passei pela Time Square e Grand Central Terminal. Lá peguei outro metrô para o Central Park. Fui direto para o Metropolitan. Legal que o meu RA (carteira de estudante da Unicamp) valeu lá. O museu é fantástico, grande pra caramba. Gostei demais das partes sobre Egito, Grécia, Roma e armaduras. Saí de lá e fui direto para o Museu de História Natural. Outro museu monstruoso e muito bom. De novo consegui usar o RA e pagar meia. Daqui gostei demais da parte sobre dinossauros e sobre a Terra, onde tinha um pedaço de meteoro que caiu na Groelândia. Não recomendo fazer os dois museus no mesmo dia. É extremamente cansativo. Se tiver de escolher um apenas, eu recomendo o Metropolitan. Porém para criança talvez o Museu de História Natural seja muito mais legal. Quando saí de lá, atravessei o Central Park indo na direção sudeste para a 5ª Avenida. Passei pela loja da Apple (não entrei porque já estava muito cansado), Saint Patrick e Rockfeller Center.

Na sexta-feira, eu peguei o metrô para a estação do Ferry no sul de Manhattan. Peguei o ferry para Staten Island. Legal que é de graça. O visual é muito bonito e passei bem de frente a Estátua da Liberdade. Na volta, segui a pé. Passei pelo Charging Bull, Wall Streat e Ex-WTC (Torres Gêmeas). Daí peguei o metrô na direção do albergue, mas desci antes para passar na Best Buy da Union Square. Lá comprei um notebook. Segui para o albergue e antes de fechar a conta, fiquei um pouco no quarto testando o note. Meu vôo seria apenas de 22h, porém meus pés estavam cheios de calos e minhas pernas meio doloridas. Almocei perto do albergue e segui para o aeroporto de trem.

As fotos de New York estão aqui, aqui e aqui.

Gostei demais da experiência. Deu para perceber que o meu inglês melhorou bastante no tempo que fiquei em New York. Em Storrs falei muito português porque fiquei muito tempo com os brasileiros.

Mapa de New York

domingo, maio 02, 2010

Nokia correndo atrás

Na semana passada vi o anúncio do N8 da Nokia.

http://www.gsmarena.com/nokia_n8-3252.php

Fiquei feliz que finalmente a Nokia lançou um telefone com tela sensível ao toque capacitiva. Até então só tinha visto telas resistivas nos telefones Nokia. Para quem não conhece, as telas capacitivas são mais sensíveis e mais adequadas ao toque dos dedos. As telas resistivas são boas para se utilizar com as tais canetas stylus. Este telefone em específico ainda tem uma séries atributos notáveis. Tem tela AMOLED, mesma tecnologia utilizada pelo Htc Nexus One (Google Phone), mas uma resolução um pouco inferior. A tela também permite multi-touch, outra novidade nos telefones Nokia. Tem 16GB de memória interna e permite ainda aumentar esta capacidade através de cartão micro-sd, coisa que o IPhone, por exemplo, não permite. Wi-fi b/g/n. Câmera de 12 MP com lentes Carl Zeiss e flash xanon (cuidado para não cegar), impressionante. Processador de 680 MHz com acelerador de gráficos 3D via hardware. Pelas fotos divulgadas e especificação, um telefone fantástico. Minha maior dúvida e preocupação fica por conta da interface. Sei que é uma nova versão do Symbian, mas não boto muita fé em um grande avanço. Tomara que eu esteja errado. Outra coisa a se verificar também é a bateria. Quanto tempo será que ela aguenta.

Hoje fiz uns testes no meu N78. Instalei o Opera Mobile. Tinha o Opera Mini numa versão antiga. Já gostava do browser que usava. Gostei mais ainda deste novo. Fiz testes também com flash. No Opera não rolou, mas no browser da Nokia que já veio instalado funcionou. Pelo menos um site que era todo em flash abriu. Porém tentei abrir um joguinho on-line (na UOL) e não abriu. Daí eu encontrei um comentário sobre um tal de Skyfire no Gizmodo. Instalei e gostei da forma como ele se comportou quanto ao flash. Abriu o site todo em flash que tinha testado no outro (http://www.pizzanobre.com.br). Ele abriu como o outro, mas com uma vantagem. Consegui dar zoom e visualizar algumas coisas que não via no outro browser. Ele conseguiu também abrir vídeos (flash) no UOL. E consegui rodar o joguinho também. É verdade que ele deu umas engasgadas desta vez, mas abriu. Outro problema, mas aí também é um problema do hardware do meu celular, foi a jogabilidade.

Hoje ainda instalei o Ovi Store no celular. Não sabia, mas a Nokia já está correndo atrás e lançou o seu App Store. Muito bacana isso.

Desde que comprei este meu primeiro smartphone no meio do ano passado, passei a me interessar bastante pelo assunto. Leio bastante sobre o assunto e gosto muito do IPhone e do Android. A grande vantagem dos dois em relação ao Symbian (Nokia) está na usabilidade e interface com usuário em geral. Não é a tôa que a Nokia tem perdido muito espaço no mercado. Eu na verdade ainda tenho uma queda maior para os Androids pela grande variedade de opções. Gosto da idéia de ter um celular com uma telona com alta resolução e sensível ao toque, mas gosto também da idéia de ter um teclado completo (qwert) a disposição. Na falta de um computador pode ser extremamente útil. E isso o IPhone ainda não dispõe. Fora isso, não gosto muito da política da Apple de ficar adicionando funcionalidades nos telefones a conta-gotas.

A Nokia tem na interface com o usuário o seu calcanhar-de-aquiles, mas é muito boa no harware. Gosto demais da qualidade do som do meu. Outra coisa muito boa na Nokia é o GPS, que recentemente foi liberado e agora é gratuito. Quanto a GPS o Android está chegando, mas ainda não está no mesmo nível.

quarta-feira, abril 14, 2010

Atendimento Nossa Caixa

Ontem pela manhã, logo cedo, tinha ido na agência da Unicamp tentar fazer um depósito. Não consegui porque não tinha envelope para depósito em dinheiro. Saí de lá e fui direto para a agência do BB, uma vez que o BB comprou a Nossa Caixa achei que estaria com isso integrado. Lá, depois de ter preenchido o envelope, percebi que no caixa automático só tinha opções de consulta e saque. Deixei para depois.

Hoje voltei a mesma agência da Nossa Caixa no horário do almoço. Logo de cara uma baita fila no caixa automático. Decido ficar e logo começo a ouvir o povo reclamando que os caixas só funcionam "quando querem". Procuro o tal envelope e de novo tem apenas o de depósito em cheque. Procuro por um funcionário, que normalmente fica de bobeira entre os caixas automáticos, e não existe. Vejo apenas um segurança que diz para mim usar o envelope para depósito de cheques mesmo, apesar de ser dinheiro. Preencho o envelope e vou para a fila.

Na fila o povo fica inquieto. Muitos tentam usar os caixas e não têm sucesso. Toda pessoa que chega fica logo agitando porque tem caixa vazio. Elas não percebem que está com a mensagem "Terminal indisponível" (ou algo do tipo). O tempo passa e eu chego a tentar uns 3 terminais sem sucesso. Em um não havia opção de depósito, outro não abria o compartimento para "engolir" o envelope e o outro reclamava de falta de comunicação. Neste meio tempo apareceu uma funcionária que, com cara amarrada, mexeu rapidamente em um dos terminais e disse que estava funcionando. O pessoal reclamou que as coisas não estavam indo bem e ela falou que a situação não estava difícil apenas para os clientes, mas também para os funcionários. Com cara feia apontou que o problema estava na fase transição enfrentada desde a aquisição da Nossa Caixa pelo BB.

O tempo correndo e eu vou para uma quarta tentativa. Zero boi mais uma vez. Quando me dirigi para a primeira pessoa da fila para dizer que lá não tinha como fazer depósito, uma nova funcionária aparece dizendo que os caixas automáticos não estavam fazendo depósito. Daí eu respondi em tom meio que áspero, e porque que não avisam isso logo? Não colocam um cartaz para informar isso? O que ela retrucou? É que isso só aconteceu desde ontem. O que eles esperam? Completar uma semana ou um mês para avisar aos clientes que tal serviço está indisponível?

Engraçado demais a forma como nos tratam. Parece até que estão nos fazendo favores.