Semana passada gostei bastante de um capítulo da novela das 8, que começa às 9, da Rede Globo ("Páginas da Vida").
Em tal capítulo era apresentada uma reunião com professores e a diretora de uma escola onde havia uma criança com Síndrome de Down. Em tal reunião falava-se exatamente da criança. Na verdade, os problemas que a criança estava criando na escola. Pais já ameaçavam trocar de escola caso a criança "problemática" continuasse.
Em um dado momento a professora da criança começa a expor que a criança apresenta dificuldades com as tarefas e que, muitas das vezes, ela não dá tanta atenção e a criança termina por não realizar a tarefa. Ela diz que não sabe como lidar com a criança e que a criança deveria ser transferida para uma escola especializada, pois lá teria gente capacitada para lidar com ela e estaria com crianças "iguais" a ela.
A diretora logo apresentou sua opinião, contrária a da professora, e recebeu apoio de outros professores. A diretora falava que seria bom para a criança e para os colegas "normais" que ela permancesse.
A opinião da professora é, talvez, a opinião mais comum na sociedade em geral. Escolas especializadas darão a criança um tratamento melhor, vão fazer melhorar o desenpenho da criança. Mas a questão é: separar as crianças "problemáticas" das "normais" terá que repercução na formação de ambas? Como uma criança "normal" tratará os "problemáticos" quando forem adultos? Será que o ideal não seria manter todas as crianças juntas e trabalhar na capacitação de profissionais da educação.
Será que toda esta preocupação, de pais de crianças "normais", em mandar as "problemáticas" para escolas especializadas, não mascara uma grande discriminação?
quarta-feira, setembro 20, 2006
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Um comentário:
pois é, sr atanasio. concordo contigo. comecei a lecionar e de cara já tenho um aluno "problemático". ele é cego e um dos mais inteligentes da classe. ahh.. "terminou" o segundo grau em escola pública estadual aqui de arapiraca. digo "terminou" por que ele passou no vestibular antes de concluir efetivamente o 3º ano do ensino médio. os problemáticos na verdade são os preconceituosos e os profissionais oreguiçosos que não se interessam nem um pouco em se capacitar para atender a estas pessoas. e viva ao ser humano egoísta e mesquinho!
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