Na edição deste ano da copa do mundo não pudemos ver nossa seleção na final. Tal coisa não havia ocorrido deste 1994. Em 1994 conquistamos o tetra, em 1998 amargamos um segundo lugar, em 2002 veio o penta e este ano um quinto lugar não merecido com uma seleção descaracterizada. Diria até que não fomos representados nesta copa. O que terá acontecido? Será que sequestraram nossos atletas?
O que vimos foi uma seleção sem comando e que objetivava apenas os recordes pessoais. O jogo contra o Japão deixou isso bem claro. Houve declarações de insatisfação com as mudanças de diversos da turma do buchudo, a galera mais antiga, a galera que buscava recordes e não o recorde maior (a conquista do título). Em um momento de lucidez e loucura Parreira escalou uma seleção mais próxima daquela que 180 milhões de brasileiros pediam. O resultado foi um espetáculo, não ofuscado pelo primeiro gol do jogo, que foi do Japão.
Parreira nas oitavas, contra Gana, voltou a escalar o time inicial depois de muitas especulações e a seleção voltou a jogar mal. Nas quartas de final nos deparamos com a França. Muito se falou. Falou-se em revanche. O que se viu foi um time perdido em campo e tomamos um gol no segundo tempo. O único da partida. O gol que desclassificou o Brasil e a estória se repetiu assim como na final de 1998. A reação dos jogadores, no geral, foi tão terrível quanto o futebol apresentado. Uma apatia generalizada. Parecia que havia acabado apenas um jogo treino. Depois declarações como a de Cafú dizendo que sentia que tinham o jogo na mão, que a qualquer momento poderiam vencer.
É claro que pudemos ver reações de respeito a camisa e à nação por parte de alguns jogares. No geral, os jogadores mais novos. Os jogadores que tinham realmente como objetivo o hexa.
Da turma do buchudo o único que falou algo sensato foi o Adriano. Muito tempo depois ele falou que faltou vontade do time. Em minha opnião faltou muita coisa. Fatou vontade, faltou um líder, faltou motivação, faltou realmente montar uma equipe.
O grande destaque desta copa foi Felipão, que levou uma equipe sem grande qualidade pessoal, mas que com motivação e jogo de equipe chegaram às semi-finais e conquistaram o quarto lugar na competição. Méritos também para Alemanha, França e Itália, a grande campeã. Quanto aos jogadores, o destaque incontestável foi Zidane, que pisou na bola em seu último lance.
A copa acabou e 180 milhões de brasileiros pediram mudança. A mudança se materializou em uma nova equipe técnica comandada por Dunga. Dunga realmente tem uma postura bem diferente de Parreira. Dunga não apresenta aquela apatia que víamos durante os jogos da seleção, porém não tem experiência qualquer como técnico. Será que foi uma boa escolha? Isso a gente vai ver. Acho que teremos muitas emoções e num boto muita fé. Espero estar completamente enganado.
Hoje foi apresentada a primeira convocação.
terça-feira, agosto 01, 2006
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2 comentários:
Pois é, meu caro, acho que você sintetizou bem as coisas. Mas digo mais a respeito da escolha pelo Dunga. Acho que foi uma decisão claramente mais política do que técnica, tentando atingir a massa de forma mais emocional do que racional. Eu não me assustaria se o Dunga chegasse satisfazendo todos os desejos da massa para, logo depois de um ou dois anos, com o apoio à seleção reconquistado, ele fosse substituído ou "auxiliado" por um figurão desses que a gente conhece ;)
Faltou mais jogador 'pobre'! Aqueles jogadores (a maioria) estavam ocupados demais com os patrocinadores. Se tivessem chamado jogadores sem contratos milionários, estes desejariam conseguir um.. e assim dariam o sangue pelo hexa.. enfim. Güenta que ainda é penta, Brasil!
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