quarta-feira, agosto 02, 2006

Sobre professores

Ontem começaram as aulas para mim, pelo menos em tese. Depois de 1 ano e meio sem pagar disciplinas. Lembrei um pouco das aulas e professores da graduação (UFAL) e ensino médio/técnico (CEFET-AL) principalmente. Os mais recentes. Tenho poucas, mas boas recordações, de antes disso.

Atentei para o fato de que sempre tive bons professores, alguns melhores, outros nem tão bons. Mas no geral foram bons professores. Só tenho uma exceção.

Acho que se fosse eleger o melhor professor que tive, pelo menos na graduação e médio/técnico, elegeria o Prof. Cid Cavalcante. Foi professor de banco de dados I e II na UFAL. Muitos alunos reclamam do Cid por falar de diversas coisas que não dizem respeito ao assunto do curso. Dizem que ele se empolga demais às vezes. Bom ... na minha opinião, ele conseguiu apresentar bem o conteúdo da matéria. E quanto a estes outros assuntos que ele falava em sala de aula, eram sobre política, economia, comportamento, cinema, livros, experiências na universidade e trabalho, viagens ... um pouco de tudo.

Achava tudo muito legal o que ele falava. Muitas vezes começava a aula e logo batia um baita sono. Só era ele começar a falar sobre estas outras coisas e num instante eu despertava. Logo em seguida ele voltava para Banco de Dados e eu continuava a assistir a aula, agora muito empolgado. Dentre os diversos livros que ele citou, em alguns destes papos, ele citou Admirável Mundo Novo e Revolução dos Bichos. O primeiro, escrito no início do século XX descreve o mundo no futuro. Um mundo nem tão agradável onde tudo estava baseado na busca pela estabilidade emocional, política e financeira. O segundo conta uma estorinha, a priori, um tanto que bobinha, mas que na verdade é uma crítica às implementações de sociliamos que ocorreram pelo mundo. Os dois livros são simplesmente fantásticos.

Só para concluir, acho que um professor universitário deve muito mais que passar uma matéria ou ensinar uma profissão, ensinar a pensar, ensinar os alunos a enchergarem o mundo que os cerca de uma forma crítica. E acho que este professor conseguia transmitir isso de uma forma muito legal, na maioria das vezes divertida. Era impressionante ver como a galera toda prestava atenção.

Tive muitos outros bons professores. Posso citar também Eliana (UFAL), Adolfo (CEFET), Tárcio (CEFET), um de física no CEFET (não recordo o nome), matemática do CEFET, Madalena Sofia (sétima e oitava do primeiro grau) e Santa Úrsula (quinta eu acho. Não recordo agora o nome deles) ...

A única exceção que me referi. Este não chamo nem de professor. Aulas ... muito pouco conteúdo foi apresentado talvez tenha utilizado 5 aulas para passar algum conteúdo válido. Comportava-se de forma mais semelhante a um coordenador de projetos, mas mesmo assim medíocre. A nota dos alunos não era dada de acordo com o trabalho realizado e sim com o grau de exibicionismo nas apresentações e com o grau de atenção dada ao professor. Só para sintetizar, medíocre como professor, nojento como pessoa. Talvez frutrado no trabalho ou apenas carente de atenção.

Depois da graduação iniciei o mestrado na UNICAMP. Todos professores que convivi por aqui, são muito bons, cada um ao seu estilo.

2 comentários:

Anônimo disse...

rapaz.. cid é incrível mesmo :)
tentarei me espelhar nele quando chegar a minha vez. já o nojento ao qual vc se referiu.. seria um tal "índio francês"? hehehe foi o primeiro e único que me veio à cabeça.
abraços, patrão!

André Atanasio disse...

Talvez se aplique a este também, mas não tenho parâmetros para falar deste. Não convivi com ele. Assisti apenas a 2 ou 3 aulas. O professor que me referi nos deu aula no último ano. Antes ele tinha trabalhado com uns sistemas de busca.